Pensamentos...

"Junte-se a mim e dê ouvidos a uma alma que precisa apenas ser ouvida e talvez muitas vezes criticada"

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Fuga


Depois do beijo, a fuga.
Sem lágrimas, não desta vez. Já estou cansada de chorar, chorar por qual motivo? Para mostrar para mim mesma que sinto? Sentir eu sei que sinto, eu sei o que sinto e o que senti. Você sente? Ou é medroso demais para faze-lo? Ter a coragem de sentir, a coragem de se apaixonar e por um momento amar alguém. Amar, as vezes até um pouquinho mais do que a si mesmo. Do que a própria vida!
E qual é o problema em perdoar? Por um momento ouvi as mesmas palavras que já havia ouvido e pensado sobre a um tempo atrás! Você estava lá? Você já passou por isso? Sentiu o que eu senti? Amou como amei e amo?
Ah, a inocência é uma dadiva… e a ignorância também é para alguns sabia?
E julgar é o ato mais covarde do ser humano.

sábado, 19 de maio de 2012

INSPIRAR E EXPIRAR, RESPIRAR.



Qual é o problema?
Qual é o problema em ir e em ficar, em fingir e em amar?
Qual é o problema?
Se ele está aqui ou lá, se ele mostra ou não? Ou se ele ama?
Amei, amei das mais variadas formas, amei com a vida, amei com a paixão, amei, amei com o raciocínio, amei a ilusão de amar, amei o dia, a flor, a noite, o silêncio, amei a vida, amei a morte, amei pessoas e amei meus pais.
Se hoje o amo, não tenho a certeza de que irei amál-lo amanha ou depois. Se hoje te amo não posso te provar nem justificar o que sinto apenas o faço da melhor maneira possível e talvez não seja nem esta uma maneira de amar
Quem sabe? Quem sabe o dia e noite? Quem sabe as palavras? Quem sabe a natureza e quem sabe o luar? QUEM SABE A VIDA?
Quem sabe viver? Quem um dia saberá morrer?
Quem me diz se é certo te amar, quem me diz que é errado amar outro alguém hoje, mas apenas hoje, ou apenas até quando durar? Se te amo porque não posso amar o outro? Se me ama? Por que não pode amá-la?
Temos todos o mesmo direito de amar e sermos amados, temos todos o mesmo direito de viver de chorar de sofrer de rir.
Temos todos o mesmo direito de amar!
Temos todos o mesmo direito de sermos amados!
E quando este segundo acabar? O que acontece? E se daqui a alguns segundos nenhum sentimento mais existir?
Qual o problema em amar?
Qual o problema em sentir ou não sentir? Qual o problema em se importar ou não notar?
Qual o problema se te quero aqui e agora?
E qual o problema se não te quero mas também não quero que esteja com ela?
Qual o problema em você amá-la mais ou menos do que a mim?
Qual o problema de ter um dia ruim?
Ou de chorar? Ou de escrever e se inspirar?
Qual o problema em errar?

Como o amor que não se encherga mas se sente, como aquele que se cultiva mas não realiza ou o que se cultiva ao seu máximo e não é reconhecido.

O nosso amor é assim.

Não tem nome e nunca ninguém o definiu. É infinito de seu próprio modo e não pode ser explicado. Nunca se traduzirá com acções nem se dimunuirá em prazeres.
O nosso amor é assim.

Não é falado nem escrito. Está sempre presente mesmo não sendo consciente. E é maior em você do que em mim.

 E é imenso em mim.

Fuga


Luz, sombra, luz, sombra, luz, luz. As manchas que passavam eram tão rápidas que se confundiam em sua mente formando todo tipo possível de formas, paisagens belíssimas do por do sol e até monstros do seu interior. A velocidade intensificava a força do vento contra seu rosto e as irregularidades do terreno a assustavam de vez em quando. De onde será que vinha aquela esperança que se deixava entrever por entre os ramos escuros do céu? Ou seria apenas a luz que a hipnotizava e levava a correr o mais longe do mundo? Da verdade? Seriam reais as paisagens de luz amarelada e trêmula de sua mente? Estariam elas escondidas no jardim do édem ou apenas ofuscadas pelos olhos escuros de botão?

Como os outros não viam o paraiso que ela enxergava? As borboletas se espalhavam à luz do sol e a luz era abundante. Para todos havia um pedaço de grama fresca e a água fluía límpida. Mas parecia que ninguém mais se dava conta. A procura incessante por felicidade e pelo paraiso os cegavam.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Queria poder esperar sabendo que irá acontecer...
Queria poder...
Queria poder ouvir...

O que adianta o sofrer? Do que adianta saber se permaneço atrás das grades da liberdade?
E se eu quiser ir embora? Sem mais ninguém sem mais nem eu mesma?
E se eu quiser dizer para todos que eu não queria assim mas também não queria de outro jeito e que estou presa dentro de mim?
E se tudo fizer sentido um dia? Se tudo for explicável e definido?
Por que continuar?

Por que sorrir se o amanhã vêm de um cinza escuro quase negro mas ainda não tão negro quanto a cor de seus olhos?
Por que chorar se o choro me conforta? Se o que eu mais quero é algo que me machuque mais do que hoje e me faça crer que os últimos dias não foram tão ruins...?

Por que escrever o que sinto se nunca mais quero senti-lo e deveria estar dormindo?

Derramo aqui na escuridão da tinta o breu de mim, porque não mais me reconheço e me tornei algo que nem eu sei o que é, o que foi ou o que será...

O que acontece se eu sorrir na hora de chorar e chorar na hora de rir?

Porque me importo? Se você nunca o fez e nunca fará?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Você

Impressionante imensidão guardada dentro de tão negros olhos; escondida debaixo da muralha de indiferença, as vezes se deixava notar apenas para os mais atenciosos, que depois de enxergar eram engolidos pela própria imensidão para nunca mais serem os mesmos.

Vê-las, as velas

Tênue e falha luz que ilumina sem iluminar,
ilumina, deselumina, ilumina, deselumina, escurece.

Sozinha, mais uma vez te observo sem ver, tento enxergar dentro de ti o passado e talvez o futuro,
Mas o presente já se foi novamente e tudo que resta em minhas mãos é a falha tentativa de agarra-lo de prendê-lo entre meus dedos e não deixá-lo ir,
E ninguém consegue nem nunca irá conseguir pois o presente é rápido em chegar e é mais rápido em partir.

Portanto, deixem-me sons, deixem-me dormir
Fechar os olhos e junto do presente partir, sem medo do que virá e do que ficará
Sem medo de não saber o que vem depois do presente, do futuro, do depois de amanhã.

Leve-me de olhos fechados para a dor, para o amor, para o correr e para o chorar.
Leve-me até acordar...

HOJE

Uma voz, um passo, um desejo de ficar...
A vida passa tão rápido e ao mesmo tempo tão devagar...

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

GRITO

Não peço que fique. Não peço que não venha. Só peço que, quando vier, não grite, não faça alaridos e nem chame atenção, venha quieta, silenciosa. Saberei quando estiver vindo, os ventos me soprarão que é chegada minha hora, minha vez de vê-la, conhecê-la, talvez entendê-la. Saberei dizer adeus e direi apenas àqueles que saberão ouvir, àqueles que me observarão atentamente para guardar na memória uma última imagem, e eu sorrirei. E quando me chamar levantarei e caminharei em tua direção e de mãos dadas caminharemos em direção à luz.

Céu

Céu, meu
Terra, tua
Tua vida que se passa diante do meu céu que é seu.
Se passa a frente, adiante, atentamente mas não se toca.
Observa, vê, aprende, mas não diz, não aponta o obstáculo.
Caio.
Ri.
Ajuda, sorri, se muda para outro lugar que não seja paralelo a meu céu.
Que é teu.
Pois se não for paralelo certamente se cruzará.
Em algum lugar, algum momento, se interceptará com o céu.
Meu, teu, céu.
Nosso, enfim.